Mesmo a palavra espresso não existindo no português, é maravilhoso encontrá-la em cardápios, rótulos e capas de revistas designando a bebida que é a expressão máxima de intensidade que a infusão dos grãos de café pode ter. A pressão na extração confere ao método textura, corpo e presença exclusivos. Soma-se que seu consumo difundiu a prática de moer os grãos e passar a água quente pelo pó apenas na hora de servir e bem na frente do freguês, inovando o serviço de café fora de casa pela sua eficiência em cumprir esse ritual com muita rapidez em doses exclusivas.

Em sua origem italiana, espresso quer dizer “sob pressão”, e talvez a melhor tradução para o português seja café espremido. A água quente e pressurizada ao passar pelo pó carameliza os açucares do óleo aromático e dá origem a uma crema marrom-avermelhada que lembra a cor de calda de pudim, esta é a principal marca do espresso. Por isso, seu preparo requer sempre a utilização de um mecanismo para produzir a pressão necessária, normalmente pelo giro ou pela vibração de uma bomba elétrica, ou simplesmente por meio de uma compressão mecânica que pode ser realizada por uma alavanca.

A bebida apresenta a maior quantidade de sólidos dissolvidos por volume de água, e é normalmente servida em doses curtas. Por isso, assemelha-se a espremer o café e produzir um “suco” bem concentrado com seus óleos. Dessa maneira, usar um grão de baixa qualidade significa produzir uma bebida intensamente ruim. O espresso mudou a forma de consumir café no mundo! Logo, mesmo não havendo diferença fonética na pronuncia do seu nome, o entendimento é outro, e a grafia deve representar, do modo mais original possível, o que a coisa realmente é: expressar Espresso!